O que pode acontecer com John Textor senão provar acusações graves?
Dono do Botafogo, o empresário John Textor está envolvido em investigações com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O dirigente segue afirmando, mesmo sem nunca ter apresentado provas, que houve manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023. Diante disso, o mandatário recebeu um ultimato do STJD.
O procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, deu um prazo de três dias para que ele apresente as provas que diz ter sobre a manipulação nos jogos entre Palmeiras e São Paulo, em 2023, e Palmeiras e Fortaleza, em 2022. Caso não apresente, o dirigente do Botafogo corre risco de ser suspenso automaticamente até conceder as evidências.
Textor está sendo julgado no STJD pela segunda vez para lidar com o tema. Isso porque o tribunal já havia anunciado que o dono da SAF seria julgado em 15 de abril – por ter desrespeitado uma decisão anterior que o obrigava a apresentar provas. Desta vez, o segundo caso diz respeito somente às menções aos jogos que envolveram Palmeiras, São Paulo e Fortaleza.
Em declaração concedida recentemente, o dirigente afirma que o jogo Palmeiras e Fortaleza, em novembro de 2022, foi manipulado por quatro jogadores do clube cearense. Ele também disse que o enfrentamento entre Palmeiras e São Paulo, no ano passado, foi manipulado por cinco atletas do Tricolor.
Os três clubes envolvidos emitiram notas de repúdio contra o dono da SAF do Botafogo e anunciaram que pretendem processá-lo criminalmente. O Palmeiras, inclusive, já entrou em ação no STJD contra Textor. Os presidentes de São Paulo e Fortaleza classificaram as declarações como irresponsáveis.
John Textor será punido pelo STJD
O prazo para que John Textor entregue as provas segue correndo, porém ele ainda não apresentou nada no STJD. Diante disso, é bem provável que ele receba uma punição branda e, inclusive, existe a possibilidade de que ele deixe o Brasil para cumprir a pena.